Professores e técnicos-administrativos do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (10). A paralisação, que atende a uma deliberação do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), afeta os campi Petrolina Zona Rural, Ouricuri, Salgueiro, Floresta, Serra Talhada e Santa Maria da Boa Vista. O Campus Petrolina adere ao movimento no dia 15 de abril.
A decisão pela greve foi tomada em assembleias realizadas nos últimos dias e se soma à mobilização nacional da categoria, que reivindica reajuste salarial, melhores condições de trabalho e investimentos na educação pública.
Em nota, o IFSertãoPE informa que dialogará com o Comitê de Greve para buscar soluções que atendam às necessidades de todos os envolvidos, garantindo a continuidade dos serviços essenciais e o respeito aos direitos dos servidores.
Outras unidades paralisadas
A greve no IFSertãoPE integra um movimento nacional que já paralisou cerca de 300 campi de institutos federais em todo o país.
Quais as reivindicações dos trabalhadores? Os grevistas requerem:
- reestruturação das carreiras;
- recomposição salarial;
- revogação de normas relacionadas à educação que foram aprovadas nos governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022), como o novo ensino médio;
- reforço no orçamento das instituições de ensino e reajuste imediato de auxílios estudantis.
➡️O que diz o governo? O Ministério da Gestão afirma que viabilizou, em 2023, um reajuste linear de 9% no salário dos servidores e de 43,6% no auxílio-alimentação. Segundo a pasta, foi o primeiro acordo firmado com as categorias nos últimos 8 anos.
Para 2024, o governo diz que apresentou uma proposta de:
- elevar o auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil;
- aumentar 51% dos recursos de assistência à saúde;
- subir o auxílio-creche de R$ 321 para R$ 489,90.
Com informações do IfSertãoPE e G1