“Não é justo que o concurso seja cancelado devido a reclamações de quem não alcançou uma nota satisfatória”, diz presidente da Ammpa

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O diretor-presidente da AMMPLA,  Franklin Alves, falou ao Nossa Voz hoje (11) sobre a investigação do Ministério Público de Pernambuco e as medidas tomadas pela autarquia sobre o concurso público. No início desta semana, o MPPE abriu um inquérito para apurar possíveis irregularidades no certame, realizado pela banca organizadora IDIB.

Segundo as informações repassadas, a AMMPLA foi notificada e já fez as alterações solicitadas. “As notificações que foram realizadas, corrigimos todas até o momento. Em relação ao inquérito civil, ainda não fomos notificados. Então, por mais que eu tenha um conhecimento preliminar, não tenho conhecimento exato do inquérito para saber quais medidas tomar. Estamos na fase dos exames biopsicossociais, e até o momento, tudo está ocorrendo de forma adequada. Claro que existem questões a serem resolvidas, principalmente sobre os prazos, e estamos buscando junto ao IDIB a publicação antecipada desses prazos. Mas, até agora, não consideramos a suspensão ou cancelamento do concurso.”

Pontos Principais da Investigação 

  1. Falta de Transparência: Os candidatos não puderam levar o caderno de questões após a prova, e a banca não disponibilizou o material no site, dificultando a conferência do gabarito e a interposição de recursos.
  2. Ausência de Cronograma Completo: O cronograma do concurso foi divulgado apenas até a data da prova, sem informar prazos para recursos e outras etapas subsequentes.
  3. Prazo Insuficiente para Recursos: O período para interposição de recursos foi extremamente curto e divulgado de forma inadequada.
  4. Inconsistências na Lista de Aprovados: Houve denúncias sobre a publicação de listas de aprovados com questionamentos não respondidos e inconsistências na classificação de candidatos PCD (Pessoas com Deficiência).

Medidas Adotadas e Garantias de Franklin Alves

Franklin Alves detalhou os cuidados adotados na realização do certame para evitar fraudes. Ele explicou que, em concursos menores, algumas regras são implementadas para garantir a segurança do processo, mesmo que possam parecer inicialmente falta de transparência. “Em concursos maiores, como os realizados pelo Cebraspe, os candidatos podem levar a prova para casa. Mas, em concursos menores, isso não é viável. Implementamos medidas para garantir a segurança do concurso, como a proibição de levar o caderno de questões.”

Ele ressaltou que os candidatos tiveram acesso à prova e ao gabarito posteriormente, e que a transparência foi garantida. “Aqueles que participaram do certame podem ficar tranquilos. A fase mais crítica, que é a de aplicação da prova, foi realizada com extremo cuidado. Detectamos e lidamos com todas as tentativas de fraude. Não há lógica em cancelar o concurso nas fases posteriores, uma vez que os candidatos tiveram acesso à prova.”

Franklin concluiu afirmando que algumas reclamações podem ser motivadas por candidatos que não obtiveram boas notas. “Não é justo com aqueles que estudaram e conseguiram boas notas que o concurso seja cancelado devido a reclamações de quem não alcançou uma nota satisfatória. Prova que o concurso não teve irregularidades desde o início, e nosso único ponto de atenção foi a transparência dos prazos, que estamos buscando melhorar junto à banca organizadora.”