Aprovados em concurso da PC querem resposta: “Seremos convocados ou não?”

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A validade do concurso é janeiro de 2020. Foto: Milena Pacheco

Pernambuco registrou, em 2018, mais de quatro mil homicídios. O índice de resolução desses casos, até o dia 1º de dezembro, foi de 48,7%. Ou seja, 51,3% das mortes não tiveram desfecho até àquela data. Até ontem (22), 208 assassinatos haviam sido registrados. Uma média de 9,54 mortes por dia em todo o território. Enquanto isso, os aprovados no último concurso realizado para as Polícias Civil e Científica de Pernambuco, em 2016, aguardam convocação.

Na época, foram abertas 966 vagas, sendo que há mais de 10 anos não havia a realização de uma seleção pública para a categoria que já estava com o efetivo defasado. A última convocação foi realizada em fevereiro do ano passado, de acordo com o Secretário de Defesa Civil do EstadoAntonio de Pádua. Foram 1.214 convocados. Entretanto, há ainda uma fila de espera. Só para o cargo de Auxiliar de Perito, por exemplo, 73 aprovados aguardam a nomeação.

“Até hoje não temos nenhuma informação. Queremos apenas saber: seremos convocados ou não?”, questionou Erivaldo Júnior, aprovado e membro de uma Comissão que representa os aprovados que aguardam convocação para o curso de formação. Não há data definida para uma próxima convocação, em entrevista à Redação do Nossa Voz, na inauguração do IML de Petrolina, em setembro do ano passado, Antonio de Pádua garantiu que ela deveria acontecer até o final de 2018.  A validade do concurso é janeiro de 2020.

São 73 pessoas que aguardam convocação para o cargo de auxiliar de perito. Foto:
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O concurseiro enfatizou que os não-convocados tiveram incontáveis prejuízos por falta de informação. “As pessoas que moram em outros estados são as que mais sofrem por causa dos custos de deslocamento. Algumas tiveram prejuízos porque pediram demissão dos seus empregos, pediram férias. As pessoas falam muito em impunidade e a nossa reivindicação é uma resposta à sociedade ”.

Segundo o advogado da Comissão, Diego Rosa, a Lei 13.231/2007 regula quadro permanente da Polícia Civil/ Científica. Entretanto, os cargos de auxiliar de perito, por exemplo, deveria ter um efetivo de 200 – números de 2007 -, mas mesmo que ocorra a convocação, existirá ainda um déficit de 42 profissionais. “Como foram inaugurados novos institutos criminais, a demanda cresce e a necessidade desse tipo de [convocar] servidor. Queremos apenas que o governador olhe para a população. Queremos o bom senso do governador e secretário porque há uma defasagem”, afirmou.

De acordo com o Presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Petrolina, Rafael Cavalcanti, há uma defasagem no efetivo que, proporcionalmente falando, trabalha com o mesmo número de profissionais há mais de 30 anos.