Não uso de máscara por parte dos pernambucanos atrasa reabertura de setores

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Jailson Correia e André Longo – (Foto: Pedro Menezes/SEI)

O Plano de Convivência com a Covid-19 em Pernambuco, definido por um grupo de especialistas que avaliam dados relacionados ao novo coronavírus no Estado, é influenciado pelo comportamento dos pernambucanos. O respeito, ou não, às medidas sanitárias para contenção da disseminação do vírus é essencial para que os setores da sociedade continuem avançando na retomada das atividades econômicas. De acordo com o secretário estadual de Saúde, André Longo, a faixa mais economicamente ativa, com pessoas entre 20 e 59 anos, são os que se arriscam mais na situação em que o vírus está circulando. 

A faixa etária entre 20 e 59 anos não representa a maioria dos casos graves da doença, mas contém o maior número de infectados pela Covid-19. André Longo informou que a situação acontece porque o grupo, por ser mais economicamente ativo e precisar sair de casa com mais frequência por conta da retomada de atividades, se expõe mais. “Não é inesperado que nós tenhamos essa faixa etária com essa incidência de casos e, obviamente, isso tem que ser considerado quando você faz qualquer política. Precisamos efetivamente conscientizar essas pessoas; elas precisam ficar muito conscientes de que não são invencíveis”, salientou. 

Por invencibilidade entende-se a qualidade daquele que não pode ser vencido, aquele insuperável. Contudo, o problema do imaginário que faz com que esse grupo se sinta invencível e não faça uso, por exemplo, de máscaras, acaba por dificultar o retorno das atividades em Pernambuco. “Isso tem dificultado a tomada de decisão nossa do comitê para alguns avanços porque nos preocupa fortemente como é que vai ser o comportamento da sociedade ao retomar espaços ainda fechados?”, questionou Longo. 

Com informações: Folha/PE