Télio Leite apoia campanha Incluir para Democratizar da UESP: “A universidade tem que estar conectada aos anseios dos estudantes”

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(Foto: Divulgação/UESP)

Eleito na consulta entre alunos, professores e demais funcionários da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Télio Nobre Leite, que também é professor da Univasf, reconheceu a importância da campanha “Incluir para Democratizar”, proposta pela União dos Estudantes Secundaristas de Petrolina (UESP). Para Leite, a iniciativa assegura o ingresso à instituição de ensino superior de forma democrática e justa. Ele chegou a compor a lista tríplice para escolha do presidente da república, conforme o regulamento eleitoral das universidades federais, entretanto, Jair Bolsonaro optou pela nomeação direta de Paulo César Fagundes, atual reitor da instituição.

“É muito importante a participação dos estudantes nessa temática, especialmente porque lhes diz interesse. Então a universidade tem que estar muito conectada com os anseios dos estudantes, aberta para debater como a sociedade enxerga a instituição e quais devem ser os próximos rumos. E também, sempre estar disposta a escutar a comunidade externa e os movimentos organizados da sociedade civil, já que tem uma tradição de se manter bastante aberta a essas discussões; tanto que dentro do órgão superior deliberativo da instituição tem um representante da comunidade externa”, explanou.

O docente também mencionou que dados internos indicam que cerca de dois terços dos estudantes de graduação da UNIVASF se enquadram dentro do perfil de vulnerabilidade socioeconômica. Então, a ampliação da reserva de vagas de 50% para 60%, para escola pública visa garantir que as vagas da instituição sejam para aquelas pessoas que mais precisam.

Diante dessa preocupação, a UESP solicitou à gestão da UNIVASF um relatório de participação regional dos estudantes, por modalidade de entrada e por curso. Para verificar a possibilidade de confirmação das desigualdades de acesso e a importância de equalizar oportunidades regionais. Sobre isso, Telio comentou que, percebendo que algum curso não tenha uma boa representação regional, a universidade deve adotar mecanismos para fortalecer a presença de alunos em nossa região, nos cursos de graduação da universidade.

“Eu tinha posição contrária, até 2018, quando tive a oportunidade de participar de um evento, em Paulo Afonso-BA, e pude ouvir os efeitos positivos da Inclusão Regional. Tanto por colegas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, de Caicó, como de colegas da Universidade Federal de Pernambuco, de Caruaru. Outro argumento é que se tem uma série de instituições aqui em nossa região adotando, provavelmente por reciprocidade, para que todos os estudantes tenham tratamentos iguais. Acredito que a universidade deve debater e estudar métodos que busquem promover uma maior participação dos alunos da nossa região em nossos cursos de graduação”, finalizou Télio Leite.