De acordo com uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 10.800 novos casos de leucemia devem ser registrados em 2022 no Brasil. Na Bahia, a estimativa é de 540 novos casos. A leucemia é um tipo de câncer que começa na medula óssea e se espalha para outras partes do corpo, fazendo com que os glóbulos brancos (leucócitos) percam a função de defesa do organismo e passem a se reproduzir desordenadamente.
De origem, geralmente, desconhecida, a leucemia tem no diagnóstico precoce sua melhor forma de prevenção. “A realização dos exames periódicos anuais de sangue, como o hemograma, é fundamental para identificar alterações hematológicas”, explica a hematologista Luiza Cardoso.
As leucemias podem afetar pessoas de diferentes faixas etárias, inclusive crianças, como no caso da leucemia linfóide aguda.
De um modo geral, trata-se de uma neoplasia maligna que não pode ser prevenida justamente por não ter causas bem definidas e fatores de risco precisos associados à doença.
“Grande parte dos pacientes acometidos por tumores hematológicos não apresenta fatores de risco conhecidos modificáveis. Isso reforça a importância dos exames laboratoriais de rotina. O diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances de eficácia do tratamento”, explica a médica.
Sintomas como perda de peso sem motivo aparente, palidez, cansaço, febre ou suores noturnos, aumento de gânglios, infecções persistentes ou recorrentes, hematomas e sangramentos sem causas aparentes e desconforto abdominal (por causa do aumento do baço e do fígado) devem ser investigados por um médico.
Apesar de ser um tipo de câncer com causas ainda pouco conhecidas, vários estudos apontam fatores que podem aumentar o risco para alguns tipos da doença: herança genética, tabagismo, exposição ambiental ao benzeno e à radiação ionizante, exposição a agrotóxicos e solventes e infecção por vírus de hepatite B e C.
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