Reunião de ministros de Rússia e Ucrânia acaba sem acordo humanitário

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Terminou sem avanços significativos a primeira reunião entre os ministros de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e da Ucrânia, Dmytro Kuleba, na manhã desta quinta-feira (10/3), na Turquia.

O chanceler ucraniano disse, na saída do evento, que tinha “objetivos humanitários” na reunião: “Eu buscava garantir um corredor humanitário a partir de Mariupol e até lá, para garantir a retirada de civis e a chegada de ajuda”, explicou Kuleba. “Mas, infelizmente, o ministro Lavrov não estava em condições de decidir, ele precisa levar a discussão para a Rússia”, declarou o ucraniano.

“Também pedimos um cessar fogo [no país inteiro] de 24 horas, para resolver todas essas questões humanitárias, mas não tivemos progresso, pois os tomadores de decisão não estavam aqui”, lamentou ainda Dmytro Kuleba, que disse estar aberto a novas conversas com o ministro russo “se houver chance de avanço”.

Cidade de 400 mil habitantes, Mariupol está sem água e energia há mais de uma semana. É lá que fica o hospital infantil que a Ucrânia diz ter sido bombardeado pelos russos na quarta (9/3), deixando “crianças sob escombros”. A Rússia alegou, nesta quinta-feira (10/3), que as acusações ucranianas são “fake news”. Segundo o governo de Vladimir Putin, o prédio do hospital foi tomado por tropas da Ucrânia “há muito tempo”.

O vice-prefeito de Mariupol, Sergei Orlov, afirmou que três pessoas morreram no hospital infantil da cidade após o suposto ataque de tropas russas. Entre as vítimas está uma criança.

(fonte: Metrópole/foto: Anadolu Agency via Getty Images)