Descrente das pesquisas feitas até o momento em que não pontua de forma expressiva, o pré-candidato de Bolsonaro ao governo do estado, Anderson Ferreira (PL) destacou em entrevista ao Nossa Voz que tem percorrido os municípios pernambucanos colecionando reações positivas do eleitorado às propostas apresentadas para a gestão estadual.
“Eu me sinto muito animado porque a gente tem percebido que a população quer mudança, tem visto esse nosso nome, essa nossa colocação como esse sentimento e vamos em frente”.
Apesar da confirmação do candidato ao Senado em sua chapa, que terá o ex-ministro Gilson Machado na disputa pela Casa Alta, Ferreira não demonstra pressa em preencher a vaga para vice-governador. ” A questão da vice está em aberto ainda. A gente tem um prazo até agosto para definir e a gente optou por deixar aberto para dar mais amplitude as composições daqui para frente”, definiu.
Questionado sobre uma avaliação dos indicadores socioeconômicos, Anderson apontou que o Estado está em “queda livre”. “Lamentável o que está acontecendo em Pernambuco, é uma falta de comando, o governo está perdido, faz oito anos que está em queda livre de indicadores. A insatisfação está na boca do povo. Você anda em todos os lugares, promessas não saíram do papel e hoje a gente ver se agravar porque os problemas são os mesmos, se repetem. Você anda pelo Estado e percebe a insegurança, a falta de requalificação das estradas. A questão da água é um problema que se repete em cada localidade”.
Ele também comentou sobre a queda de parte do teto do Hospital da Restauração classificando como sucateada a saúde em Pernambuco. “Essa questão da área de saúde, que está totalmente sucateada dentro do Estado, os médicos são uns verdadeiros guerreiros porque estão tentando exercer seu trabalho, mas faltam equipamentos, medicamentos. Então, é um governo que está totalmente perdido, Pernambuco está totalmente perdido. Temos que ter essa oxigenação, essa alternância de poder porque esse modelo do PSB está há 16 anos e há 08 anos decepciona ainda mais os pernambucanos porque conseguiu ser ranqueado em todo o Brasil no desemprego, na falta de segurança, na falta de competitividade. Chegou ao patamar de extrema pobreza, da capital do país com mais pessoas em situação de extrema pobreza. É um momento em que o povo grita por socorro em todas as áreas”.
Reforçando a importância da alternância na gestão, Ferreira aponta que Danilo Cabral, pré-candidato ao governo pelo PSB, representa a continuidade e vai além, afirmando que o socialista evita ser associado ao governador Paulo Câmara. “É o modelo do atraso. (…) Do Sertão ao Agreste, na Metropolitana, Paulo Câmara é tido como o pior governador na história de Pernambuco. E Danilo Cabral faz parte dessa turma de Paulo Câmara, fez parte deste governo, está há muito tempo no PSB também participando do que houve em Pernambuco, esse momento triste, que é muito triste de se ver. Não sou o tipo de político que está torcendo pelo pior. Não, a gente torce pelo melhor, que eles acertassem, mas infelizmente não conseguem demonstrar resultados e a situação é tão agravante que o próprio pré-candidato, Danilo Cabral, que é da turma de Paulo Câmara, do pior governador da história de Pernambuco, não quer nem ser dito, ser visto e apresentado como candidato do governador. Quer ser visto como candidato de Lula. Até que ponto chegou, ele ter vergonha de ser apadrinhado pelo governador Paulo Câmara”, disparou.
Sobre as pesquisas de intenção de votos, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes não demonstra preocupação com a baixa pontuação apresentada até o momento. “Eu não discuto pesquisa, a melhor pesquisa é você estar nas ruas, é saber do sentimento do povo. Por onde eu tenho passado percebo que, e volto a ressaltar, estamos apenas há três semanas colocados como pré-candidatos, temos muito tempo pela frente. Então, qualquer pesquisa é muito prematura para ser feita. Como você pode fazer uma leitura de apenas três semanas que o meu nome foi colocado como pré-candidato ao governo de Pernambuco? Então isso me deixa muito tranquilo, sinto nas ruas a adesão a esse novo projeto, o reconhecimento e todos perceberam o que foi feito em Jaboatão e quem ainda não conhece está procurando se informar e vendo as conquistas, a capacidade que nós temos de estar a frente deste Estado”.
Quanto a opinião de Danilo Cabral sobre as ações do presidente Bolsonaro, a quem teceu duras críticas, Anderson Ferreira afirmou que o socialista precisa ter “vergonha na cara” antes fazer esse tipo de declaração. “Ele não tem moral para falar de ninguém, até porque ele votou pelo impeachment. Eu fui deputado com Danilo Cabral, estava no processo do impeachment, ele votou pelo impeachment da presidente Dilma e hoje tenta se auto intitular como candidato de Lula. Isso é uma piada. Há um ano na eleição da capital, no Recife, o próprio partido, o PSB, agrediu claramente o presidente e o partido, o PT, numa guerra entre familiares acirrada e hoje, com um ano após, coloca como se Lula fosse a salvação do PSB para resolver a eleição em Pernambuco. Então, esse é o tipo de comentário que ele não tem capacidade moral para fazer, falta vergonha vergonha na cara ao fazer qualquer tipo de colocação”.
Sobre Cabral ter chamado o ex-prefeito de Petrolina de ingrato por não assumir Bolsonaro em seu palanque, Ferreira evita comentar. “Essa resposta quem tem que dar é Miguel, não sou eu”, finalizou.
