Comandante do CAT Sertão faz balanço dos 10 anos de ação em Petrolina e região

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O Centro de Atividades Técnicas (CAT) do Corpo de Bombeiros Militar, completa 10 anos de atuação dentro do seu Ciclo Operacional de Petrolina e todo Sertão pernambucano. Trata-se de  é um braço importante da instituição, responsável por serviços relacionados a atividades de prevenção contra incêndio e pânico.

“Sabemos que 70% do território pernambucano é nosso. O Sertão de PE está sob a nossa responsabilidade. Então, de Arcoverde, cortando Serra Talhada, Araripina, até aqui, na nossa querida Petrolina”, afirmou o comandante do CAT Sertão, major Alisson Vieira da Silva, em entrevista ao Nossa Voz desta terça-feira (02). 

Presente no São João de Petrolina, o comandante ainda detalha que o trabalho começa bem antes da realização do evento. “Na verdade, a gente faz reuniões com o Ministério Público, com a prefeitura, com a empresa concessionária do evento, e nos é apresentado um projeto de combate a incêndio, que vai para a nossa diretoria em Recife, analisado pelos nossos especialistas na área e depois da aprovação desse projeto, começamos o período da execução”. 

Além da organização e montagem desse planos preventivo, há também a contribuição no planejamento dos anos subsequentes. “Uma coisa que vem sendo construída é que o São João terminou, foi um sucesso no ponto de vista da segurança. Nós tivemos mais de 20 saídas de emergência e eu quero parabenizar a prefeitura e a concessionária porque esse foi um ano diferencial. E acredito que isso é uma construção, porque nesses 10 anos, se nós pegarmos o histórico, melhoramos ao longo desse tempo. Terminou o São João, mas o trabalho não terminou. Agora, nós apresentaremos um relatório do que acreditamos que precisa ser aperfeiçoado, junto ao Ministério Público e à Prefeitura para que possamos construir algo mais seguro no próximo São João”, pontuou. 

As correções também aconteceram durante a realização do evento. “Sempre existem falhas humanas. Este ano fizemos a fiscalização, aprovou a festa, mas não para aí. Quando termina o primeiro dia da festa, logo pela manhã já tenho outra equipe para observar se as saídas de emergência estão em condições, sempre tem alguma coisa para corrigir, um dano que é causado e nós vamos corrigindo e orientado. No final da tarde retornamos e também permanecemos no pátio durante a madrugada”. 

Petrolina e os 10 anos do CAT

Questionado sobre a estrutura do Centro de Atividades Técnicas (CAT) e a evolução ao longo desses 10 anos, o major, Alisson Vieira, iniciou pontuando as mudanças constantes nas configurações e características de Petrolina. “Ano passado fizemos uma operação chamada ‘Condomínio Seguro’. Faz 21 anos que estou em Petrolina e percebo que a cidade se verticalizou. Trata-se de uma cidade onde 6% do seu território é ocupado do ponto de vista urbano. Em termos de verticalização, temos uma cidade que, de 2004 para cá, cresceu quase 300%. Petrolina se tornou uma metrópole. Temos um edifício hoje beirando, em construção, 40 pavimentos, o que pede uma estrutura para helicóptero, um heliponto. Então a cidade cresceu, se desenvolveu e o Bombeiro também busca esse desenvolvimento para poder atender a essa demanda”. 

Esse crescimento influencia diretamente no plano de ação do CAT. “Fizemos um mapeamento, há cerca de 10 anos, sobre a necessidade de hidrantes em Petrolina. Depois de 10 anos esses hidrantes chegaram, a Compesa fará as instalações, mas percebemos que houve uma mudança. Lugares que não tinham prédio tem edificações, lugares que não tinham centros de abastecimento, hipermercados, agora tem. Então, estamos estudando mais uma vez, para fazer essas instalações. Então, é um desafio enorme porque, na verdade, a cidade cresceu em progressões geométricas e  a gente está numa  progressão aritmética. Fazemos o que podemos, da melhor forma possível”, asseverou.