“Compesa usa os R$ 38 milhões para barganha”, diz presidente da ARMUP

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Diretor presidente da ARMUP disse que não houve acordo entre prefeitura e Compesa.
Fotos: Milena Pacheco/ Divulgação pref. de Petrolina

-PENesta quinta-feira (24), o diretor presidente da Agência Reguladora do Município de Petrolina-PE (ARMUP), Rubem Franca, participou do programa Nossa Voz pra falar sobre a reunião, promovida pelo Ministério Público Federal. Na ocasião, participaram o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Essa foi uma tentativa de acordo para execução das obras das bacias do Dom Alevar e do Antonio Cassimiro.

Mas, segundo o diretor presidente da Armup, o impasse continua. O prefeito Miguel Coelho pediu que a Compesa dê o aval  para que o empréstimo pactuado com a Caixa Economica, que destina R$ 38 milhões para fazer as obras seja contratado pela gestão municipal. “O empréstimo está válido. Se o obra não for executada até dezembro, perde-se o recurso”, contou o diretou presidente da Armup.

Segundo Rubem Franca, o presidente da companhia não concordou com a prosposta porque a Compesa está usando esse recurso para tentar continuar no município. “A Compesa tá usando os R$ 38 milhões de barganha para continuar em Petrolina”, pontuou.

Ainda durante a reunião, outra alternativa apontada por Miguel Coelho foi que a Compesa entregue todo o serviço de esgoto e abastecimento ao município. Uma transição seria feita em 90 dias e, assim, o serviço seria municipalizado. “São R$ 100 milhões por ano arrecadados em Petrolina. Com esse valor dá pra executar a obras”, garantiu Franca. No entato, mais uma vez, Roberto Tavares não teria concordado com a proposta. 

Por fim, o gestor da Armup relatou ao Nossa Voz que Miguel Coelho solicitou que a Compesa se comprometa a destinar tudo que é arrecadado em Petrolina para investimentos somente no município durante cinco anos e que a companhia apresente também um novo plano de investimentos para esse período se comprometendo a resolver todos os problemas de abastecimento, esgotamento sanitário, manutenção e expansão da oferta de água tratada para a zona rural. Mas esse acordo também não foi fechado.

Sem consenso, o MPF marcou um novo encontro com a prefeitura e a Compesa, que deve ser realizado no final de fevereiro.