Uma pesquisa realizada pelas Instituições de Segurança Pública, mostra que no Brasil, apenas 12% do corpo efetivo da Polícia Militar é formado por mulheres. De acordo com os dados, são 357.501 pessoas do sexo masculino e 46.180 do sexo feminino entre os oficiais.
Para fortalecer a igualdade de gênero dentro dos órgão de segurança, em Juazeiro, no Norte da Bahia, a policial Carolina Dantas, se destaca no ambiente em que atua e reconhece que as mulheres ainda são poucas representadas dentro da polícia. “É recente a participação das mulheres na polícia, em 2020 fez 30 anos da inserção da mulher nesse ambiente. Esse ano vamos publicar um livro que retrata justamente essa força, do olhar feminino dentro da corporação”, diz Carolina.
Alguns especialistas apontam que a limitação de vagas destinadas para as mulheres em concursos públicos é o principal fator para essa realidade, da qual é comprovada pela militar Carolina. “Quando eu fiz o meu concurso eram 40 vagas para mulheres e mil para homens, uma diferença grande. A gente vê que caminhou, mas é um meio muito masculinizado”, contou.
Para quebrar essa barreira, Carolina teve o apoio do marido, que também é oficial da polícia civil. “Quando o conheci eu era da área da educação. Em 2006 abriu vaga, ele me preparou, fazia os treinos e dizia: ‘Se você disser que vai à lua, eu acredito’. Me levou em todos os testes, participou comigo e me deu muito apoio e confiança”, contou a policial.
A partir de então, a sua perseverança ganhou outros rumos e seu poder de adaptação foi o seu refúgio. “Eu costumo dizer que somos seres adaptáveis. Temos mulheres em todos os campos e ambientes, e a mulher é esse ser de adaptação”, expôs.
O exemplo de Carolina é reflexo de tantas outras conquistas feitas por mulheres que estiveram na luta antes mesmo dela ser policial, como um fato histórico que vai acontecer, em Juazeiro, na próxima semana, que será a passagem de mulheres de um comando para outro.
Muitos se enganam quando acham que ser uma policial é tarefa de resistência física, para a PM o seu ofício custa mais o cansaço emocional. “Eu não considero que a nossa função seja difícil, é claro que existem setores que exigem mais da nossa presença e dedicação. Eu trabalho em um setor mais social, de acompanhar os militares em processo de adoecimento, é desafiante, é uma carreira que traz desgaste, ele é muito intenso” conta Carolina Dantas.
Projeto ‘Mulher, sinônimo de superação’
A Grande Rio FM, entre os dias 7 e 11, estará entrevistando mulheres para contar a sua história de vida e experiências únicas. Durante a programação, você irá conhecer relatos de superação, alegrias e de inspiração, além de poder ganhar prêmios com os sorteios.
Confira a foto da entrevista com Carolina Dantas para o programa Painel:
