O presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco, Ranilson Ramos, participou do programa Nossa Voz nesta quarta (22) para falar sobre o fim dos lixões no estado. “Esses municípios certamente tiveram aí um incremento de despesa, mas eu digo sempre para eles, a maior despesa é o crime ambiental, é o crime contra a saúde”, alertou.
“Uma das maiores conquistas em defesa do meio ambiente em primeiro lugar. Nós tivemos lá atrás, no marco regulatório do saneamento do meio ambiente, a decisão de que em todo o país era preciso que fossem encerrados os lixões a céu aberto até 2024. Vimos trabalhando já há algum tempo, ao lado também do Ministério Público do Estado de Pernambuco, que teve uma atuação também decisiva, a CPRH, a participação a cada dia dos 184 prefeitos. Evidentemente que Pernambuco tem muitos municípios que já estão com aterro sanitário legalizado há algum tempo, como Petrolina, quero registrar que tem um excelente aterro sanitário, com gestão em parceria público privado, então nós temos que comemorar”, disse.
“Em segundo lugar da saúde, que alcança também as famílias de baixa renda que são aproveitadas dentro desse novo modelo de aterro sanitário, eles passam a ser ali pessoas que também vão ajudando na separação, são os que a gente chamava de catadores de lixo. Esse modelo integra também essas famílias com a nova forma de atuação, e crianças, porque aquela foto horrível que nós não temos mais em Pernambuco, aquela foto na entrada ou na saída da cidade, um lixão a céu aberto, crianças disputando o lixo até orgânico atrás de comida e o urubu em cima, essa é a foto que nós eliminamos. Nós temos um grande desafio que é a sustentabilidade disso”, afirmou.
Atualmente 23 aterros sanitários recebem resíduos sólidos em Pernambuco. “Não temos o retrocesso que a gente já observa em alguns estados da federação. Nós temos 5.537 municípios e apenas 2.500 tem aterro sanitário, tem destino legal do seu lixo, portanto, nós estamos falando aí coisa com menos ainda do que 50%. Então é uma grande conquista mesmo, é para celebrar”.