O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Rafael Cavalcanti, participou do Programa Nossa Voz desta quinta-feira (29) e falou sobre a rodada de assembleias que estão sendo realizadas nas delegacias do Estado, para tratar de melhorias para a categoria.
De acordo com Cavalcanti, o sindicato vem percorrendo as várias delegacias para realizar discussões sobre a necessária valorização da Polícia Civil. “Com a pandemia, não temos feito grandes assembleias, então, a forma que arranjamos é visitar as delegacias e ver as necessidades dos policiais. Infelizmente, hoje em dia não recebemos nem retorno da Secretaria de Defesa Social às nossas reivindicações, que são muitas. Temos inúmeros problemas funcionais, trabalhamos numa clandestinidade histórica, uma vez que ultrapassamos as atribuições da Polícia Civil, atividades que não são legalizadas e que temos que fazer pois senão a polícia pára”, pontua o sindicalista.
Rafael comentou ainda sobre o apelo feito pelo presidente da Câmara de Vereadores de Petrolina, Aero Cruz, sobre a demora do IML em recolher corpos por falta de viatura apropriada. “Entendo perfeitamente a indignação do vereador e infelizmente passamos por isso constantemente, não só aqui em Petrolina. E como eu já disse, a SDS não nos responde e a gente precisa apelar à imprensa. Petrolina não pode ter só uma viatura dessas para o porte da cidade. É preciso que o Governo do Estado tenha uma atitude e nos dê uma estrutura mínima para cumprir seu dever, “afirma.
O presidente citou ainda que há até mesmo problemas com a falta de auxiliar de serviços gerais em algumas delegacias. “Além de tudo, muitos de nós trabalham em ambientes insalubres, dependemos das prefeituras para que a limpeza seja feita. Imagine essa situação num momento de pandemia, em que nós somos essenciais, não podemos trabalhar de casa. Desde o início, até mesmo para fornecer EPIs, o Governo do Estado gerou vários entraves. Ou seja, para a Polícia Civil não há nenhum cuidado. Só o que vemos é negligência e até perseguição de dirigentes”, diz.
Cavalcanti finalizou a entrevista informando que se não houver uma conversa substancial sobre as necessidades da Polícia Civil até o inicio do segundo semestre pode chegar a um embate mais forte. “Não queremos chegar a nenhum extremo, porém, se até o início do segundo semestre, a SDS não conversar conosco sobre a valorização e as necessidades da Polícia Civil, a categoria chegará ao limite”, declara