“A situação aqui é triste e deprimente, hoje temos um prédio prestes a cair, um ambiente totalmente insalubre”. O depoimento é de Edilberto Vieira, pai de um aluno matriculado no Colégio Estadual Getúlio Vargas, no Distrito de Poço de Fora, em Curaçá (BA), que entrou em contato com o Programa Nossa Voz relatando a insegurança de manter jovens e crianças em um local precário.
Além da estrutura física, o colégio sofre com a escassez de funcionários e de professores. Gilberto contou que durante as aulas remotas, por conta da pandemia, apenas um professor estava disponível para administrar as aulas. “Infelizmente, no ano passado funcionou (as aulas) de forma remota, com apenas um professor e nós podemos dizer que praticamente o ano letivo 2021 foi perdido”, contou o pai.
Faltando algumas semanas para iniciarem as aulas, pais e responsáveis preocupados com o abandono da escola, se reuniram com o diretor da instituição e com a secretaria de educação para reivindicar melhorias e entrar em um acordo: sem aulas remotas e sem aulas presenciais. “Nós, pais de alunos, resolvemos não aceitar o início das aulas de forma remota, com dois professores apenas, e não aceitamos nossos filhos estudarem nesse prédio prestes a desabar” informou o pai.
Com a falta de assistência por parte do governo estadual, os responsáveis planejam ir à Salvador reivindicar seus direitos. “Formaremos uma comissão para ir até Salvador, na secretaria Estadual de educação. Nós pais, cobramos do senhor governador Rui Costa providências urgentes, pois entendemos que a educação é um direito constitucional”, desabafou Edilberto Vieira.
