Ela ocupa a vaga deixada por Fernando Bezerra Coelho (MDB), que não tentou se reeleger.
Teresa Leitão (PT) foi eleita senadora de Pernambuco, neste domingo (2). Ela é a primeira mulher da história a ocupar esse cargo pelo estado.
A senadora eleita vai substituir, no Congresso, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), eleito em 2014, quando era do PSB. Ele não tentou se reeleger nas eleições deste ano.
Teresa Leitão tem 70 anos e, desde 2000, é filiada ao PT, único partido de sua carreira política. Está no quinto mandato de deputada estadual na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), tendo sido eleita pela primeira vez em 2002.
No sábado (1º), durante uma caminhada de campanha em Paulista, no Grande Recife, a candidata sofreu um acidente, fraturou o fêmur e passou por uma cirurgia. Neste domingo (2), deixou o hospital para votar.
Antes de entrar na política, era professora da rede estadual de ensino, formada em pedagogia em 1975, pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Atualmente, está aposentada do cargo.
Desde 1984, Teresa Leitão atua em movimentos sindicais. Já foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), que ajudou a fundar, e diretora da Associação dos Orientadores Educacionais de Pernambuco.
Cada estado tem direito a três cadeiras no Senado Federal, totalizando 81 parlamentares na casa. Neste ano, cada estado elege um candidato.
Os outros dois senadores de Pernambuco em exercício foram eleitos em 2018: Humberto Costa (PT) e Jarbas Vasconcelos (MDB). Os mandatos são de oito anos.
O primeiro suplente de Teresa Leitão é o ex-deputado federal Silvio Costa (Republicanos). O segundo suplente é Francisco Alexandre (PT).
Em 2002, além Teresa, outras três mulheres disputaram o Senado Federal: Dayse Medeiros (PSTU), Eugênia Lima (PSOL) e Roberta Rita (PCB).
Campanha
Em maio deste ano, Teresa Leitão foi confirmada como candidata ao Senado pela Frente Popular de Pernambuco, na chapa de Danilo Cabral (PSB), candidato ao governo de Pernambuco.
Isso ocorreu após uma série de tratativas entre o PT e o PSB, que, neste ano, também disputaram a presidência da República, com Lula (PT) e Alckmin (PSB).
Inicialmente, cogitava-se o nome da deputada federal Marília Arraes, então no PT, para o Senado. Entretanto, devido à postura de oposição dela com relação ao PSB, o PT passou a analisar a indicação de Teresa Leitão ou do deputado federal Carlos Veras (PT) para a vaga.
Com isso, Marília Arraes passou a se movimentar para sair do partido, para candidatar-se ao governo. Devido à iminente saída de Marília Arraes do PT, houve, então, uma reunião do Grupo Tático Eleitoral do PT, que, sem que ela estivesse presente, anunciou o nome de Arraes ao Senado.
Ela respondeu com uma postagem nas redes sociais, em que disse ter o nome utilizado como “massa de manobra”. Dias depois, a candidata deixou o PT e se filiou ao Solidariedade. A ata de filiação foi abonada pelo presidente nacional da legenda, deputado federal Paulinho da Força. No mesmo dia, Marília Arraes tornou-se presidente do partido e anunciou a pré-candidatura.
Um mês depois, ainda sem definição de candidatura ao Senado pela Frente Popular, havia um imbróglio a ser decidido. Em nome de uma aliança nacional com o PSB, o PT abriu mão de uma possível candidatura do senador Humberto Costa (PT) ao governo de Pernambuco, mas fazia questão de indicar o candidato ao Senado. O candidato seria, até então, Carlos Veras.
(g1 PE)