Vacinação de crianças ainda não tem data para começar

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta semana a primeira vacina contra covid para crianças de 3 a 5 anos, a Coronavac, mas isso não significa que a aplicação irá começar de forma imediata. Uma câmara técnica convocada pelo Ministério da Saúde irá avaliar nesta sexta-feira, 15, o uso do imunizante nas novas faixas etárias. A expectativa é pela recomendação, mas só a partir daí o governo federal deve incorporar e atualizar o calendário nacional e organizar a distribuição de remessas.

Por ora, grande parte dos Estados, como São Paulo, Rio e Mato Grosso do Sul, aguardam orientação do governo federal para ampliar a vacinação. Outros locais, enquanto isso, organizam as doses em estoque e se mobilizam para eventualmente antecipar a imunização. A capital carioca já fez isso: começa a vacinar o público de 4 anos já nesta sexta-feira. O Espírito Santo, por sua vez, informou que há vacinas suficientes para iniciar a imunização de mais faixas, mas decidiu esperar a decisão do Ministério da Saúde.

“Não tenho dúvidas de que a recomendação sairá”, diz ao Estadão o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri.

Integrante da câmara técnica, ele disse que a reunião para definir a aplicação da Coronovac na faixa entre 3 a 5 anos está marcada para as 14h de hoje e é um trâmite usual após o registro no País. Uma vez que a vacina for aprovada, a etapa seguinte, explica Kfouri, é a aquisição ou redistribuição de doses pelo governo federal.

“O ministério tem que fazer um levantamento das doses disponíveis ainda no País de Coronovac”, afirma ele, que estima que o grupo de 3 a 4 anos corresponde a cerca de 5 milhões de crianças. “Portanto, pouco mais de 10 milhões de doses, 11 milhões de doses (devem ser ofertadas), já que são duas doses para cada um. E elas precisam ser adquiridas, importadas, produzidas no Butantan, tem que ver o que se tem aqui. Esse é o passo seguinte após a recomendação da câmara técnica.”

(Correios Braziliense)