O Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna) segue sua série especial de 16 anos de atuação, com destaque para o acervo científico do Museu de Fauna da Caatinga (MFC), em parceria com o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). O Cemafauna atua monitorando os impactos ambientais das obras do PISF, desenvolvendo estratégias de conservação de espécies e beneficiando o meio ambiente e as comunidades que dependem desse bioma.
Nesta etapa, o foco está na Coleção Científica de Entomologia (área que estuda os insetos) do Museu de Fauna da Caatinga. Com uma das coleções mais importantes do Semiárido brasileiro, ela abriga exemplares de grupos como moscas, borboletas, percevejos e besouros, sendo uma referência para a pesquisa científica no Nordeste brasileiro.
A coleção é curada pela professora doutora e coordenadora do Cemafauna, Patrícia Nicola, e conta com milhares de exemplares, distribuídos em sub-coleções, como:
- Diptera (moscas): 295.592 espécimes catalogados.
- Ephemeroptera (efemerópteros): 32.775 espécimes.
- Odonata (libélulas): 15.148 espécimes.
- Trichoptera (tricópteros): 3.693 espécimes.
- Lepidoptera (borboletas e mariposas): 933 espécimes, incluindo 187 espécies identificadas.
- Hemiptera (percevejos e afins): 41.155 espécimes catalogados, além de 2.493 lotes.
- Coleoptera (besouros): 4.904 espécimes de besouros adultos, com 103 espécies identificadas.
- Hymenoptera (abelhas, formigas e vespas): 4.251 espécimes, com destaque para 972 preservados em via seca.
O acervo passa por constantes atualizações em número de indivíduos e ainda abriga espécies descobertas por analistas e pesquisadores do Cemafauna, como a borboleta Melanis caatingensis, descrita em um artigo produzido pelo biólogo Carlos Eduardo Nobre e publicado na revista Zootaxa, em 2014.
“Esse acervo posiciona o Museu de Fauna da Caatinga como uma das maiores instituições com coleções entomológicas da América Latina, o que representa um recurso valioso para a ciência. A manutenção desse acervo é de extrema importância, e esperamos que outras instituições, assim como a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE), que já é uma das nossas parceiras, se unam a nós, garantindo a continuidade das pesquisas e a preservação deste patrimônio natural”, ressalta Patrícia Nicola.
“O Cemafauna mantém seu compromisso com a conservação do bioma Caatinga e reforça a necessidade de ações conjuntas para proteger a biodiversidade e apoiar as comunidades que dependem desse ecossistema”, conclui.
Assessora de Comunicação do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna/Univasf)