Estado da Bahia tem maior número de endereços em logradouros sem nome

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, o Censo Demográfico visitou um total de 8.528.506 endereços na Bahia, o 4o maior número entre os estados, abaixo apenas dos visitados em São Paulo (22.647.398 endereços), Minas Gerais (11.510.900) e Rio de Janeiro (8.887.214). No Brasil como um todo, foram identificados 106.814.877 endereços, durante o Censo.

A Bahia era o estado com o maior número de endereços localizados em logradouros (ruas, avenidas, travessas, estradas etc.) que não tinham nome (sem denominação), 314.489, acima de São Paulo (249.210) e Pernambuco (233.645). Os endereços em logradouros sem nome representavam 3,7% do total na Bahia, participação que era maior do que a nacional e a 9a mais elevada entre as 27 unidades da Federação. No Brasil como um todo, 2,5% dos endereços visitados pelo Censo 2022 ficavam em logradouros sem nome (2.666.515, em números absolutos).

O Censo aponta que o nome mais frequente de logradouro na Bahia era “A” (por exemplo, “rua A” ou “travessa A”), onde estavam 37.438 endereços (0,4% do total). Em segundo lugar, vinha a denominação “B” (como em “rua B”), logradouro de 34.978 endereços no estado (0,4% do total). Ambos os nomes são muito comuns em áreas de expansão urbana, que estão sendo criadas ou crescendo, por vezes até são nomes provisórios. Nos dois casos, a Bahia liderava nacionalmente, como estado com mais endereços em ruas/avenidas/travessas/estradas chamadas “A” ou “B” no país.

A Bahia também tinha o maior número de logradouros chamados “Santo Antônio” no país, citado em 29.778 endereços, que representavam 0,3% do total baiano, sendo o terceiro nome de logradouro mais comum no estado. No Brasil como um todo, nos endereços em que o logradouro tinha nome, o mais frequente era “Principal”, presente em 226.289 endereços (0,2% do total). “Santo Antônio” vinha em segundo lugar, em 219.377 endereços (0,2%), e “São José” ficava em terceiro, como logradouro de 219.139 endereços (0,2%).

Além de ser o estado com o maior número de endereços em logradouros sem nome, a Bahia também tinha o segundo maior total de endereços sem número, no país. Em cada 10 endereços baianos, 3 não tinham o número, em 2022: 28,6% ou 2.439.274. O total de endereços sem número na Bahia só era menor do que o registrado em Goiás (2.461.808 ou 65,0% do total).

No Brasil como um todo, 22,8% dos endereços visitados no Censo 2022 não tinham número (24.381.167). Percentualmente, Distrito Federal (97,4% dos endereços sem número), Goiás (65,0%) e Maranhão (46,5%) lideravam. A Bahia tinha o 10o maior percentual de endereços sem número entre os estados. O gerente do CNEFE, Eduardo Baptista, ressalta que o endereço é também um indicador de cidadania. “Isso significa que a pessoa que vive em um endereço sem número ou em uma rua ou avenida sem denominação está sofrendo algum tipo de déficit na sua cidadania, pela não formalização daquele endereço ou logradouro pelo poder público municipal”, afirma.