Imbróglio entre Prefeitura de Petrolina e Compesa é ‘briga política’, dizem partes após falta de acordo

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O MPPE entrou na história e agora tenta fechar acordo entre Prefeitura e Compesa. (Foto: Reprodução internet)

O prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, conversou com a redação do Nossa Voz sobre a reunião ocorrida com o Ministério Público, na última semana, e afirmou que existe a possibilidade de acordo entre a prefeitura e a Compesa, desde que dentro das exigências da gestão. No primeiro momento, segundo Miguel Coelho, a Compesa ignorou as tentativas da prefeitura de Petrolina em assumir a obra no Dom Avelar, dificultando a vida da população.

“Eu discordo que o repasse não é ele que vai fazer, é a caixa Econômica. Está muito claro que a Compesa não quer uma solução em conjunto com a Prefeitura. A Compesa diz que só sai com indenização. Pode apresentar conta que a gente paga, não tem problema. A gente buscou todas as formas. A Compesa quer se segurar até o limite para ficar em Petrolina”, afirmou o gestor. O próximo encontro está agendado para 12 de março.

De acordo com o gerente regional da Compesa, João Rafael, as bacias inacabadas do Jatobá, Dom Avelar e Antônio Cassimiro comprometem a reduzem a posição de Petrolina no ranking do saneamento. Ele garante que nunca se negou a sentar com a prefeitura e reafirmou a disposição da companhia em investir na cidade. “A gente não tem como investir da forma que está a proposta. A gente espera da Prefeitura um entendimento. Se ele está dizendo que vai tirar a Compesa, a gente não pode dar garantia à Caixa. Então ela não vai liberar. A gente vive em uma briga política grande. É preciso que a gente possa fazer investimentos com o fim dessa briga jurídica”, explicou.

Miguel Coelho também rebateu as declarações feitas pelo Presidente Estadual da Compesa, Roberto Tavares, de que as obras de saneamento tocadas pela prefeitura estavam mal feitas. “Petrolina tem 70% de esgotamento sanitário. Desses, 80% a Prefeitura que fez. Os sistemas da Compesa, eles dizem que são bem feitos, o que está errado eles jogam a culpa nos outros. Eu defendo que o dinheiro fique aqui. Se a Compesa quer ficar, tudo bem. Desde que 100% do dinheiro arrecadado fique aqui”, pontuou o Prefeito.